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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Reporter Mundial; O Brasil no Banco dos Reus (Human Rights Watch)

 
 
 
• Human Rights Watch
• Reporter Mundial
• World Report 2011
Tradução Ivan de Oliveira
Philadelphia June 2013

Part I

O Brasil está entre as democracias mais influentes em assuntos regionais e globais, mas continua a enfrentar sérios desafios em relação aos direitos humanos na sua propia casa. Confrontado com altos níveis de crimes violentos, algumas unidades policiais brasileiras se envolver em práticas abusivas com impunidade. Juízes de justiça que buscam punir os policiais responsáveis por práticas ilegais enfrentam ameaças de violência. Em agosto de 2011 a juiza Patricia Acioli foi morta a tiros quando chegava a e sua casa no estado do Rio de Janeiro, em retaliação por ordenar a prisão de policiais suspeitos de assassinato.

Os centros de detenção em vários estados estão superlotadas, longo tempo de detenção durante o pré-julgamento, parece ser normal, e a tortura continua a ser um problema sério. O trabalho forçado persiste em alguns Estados, apesar dos esforços do governo federal para erradicá-lo.
  • Public Security and Police Conduct.
  • Segurança Publica e Má Conduta Policial.

Violência cometida por gangues criminosas e policiais abusivos afligem muitas cidades brasileiras. A violência afeta principalmente comunidades de baixa renda. No Rio de Janeiro, por exemplo, os traficantes que costumam praticar crimes violentos e extorsões nas favelas. Em novembro de 2010, traficantes de drogas desencadearam uma onda de ataques nas ruas do Rio, tocando fogo em veículos e das Forcas Armadas para o Complexo do Alemão
Abuso policial, incluindo execuções extrajudiciais, é também um problema crônico. Segundo dados oficiais, a polícia foi responsável por 372 mortes no Estado do Rio de Janeiro e 252 assassinatos no estado de São Paulo nos primeiros seis meses de 2011. A polícia muitas vezes alegam ser "autos de resistência" que ocorrem em confrontos com criminosos. Por excesso de uso de forca por policiais. Fato documentado pela Human Rights Watch e outros grupos e reconhecidos por funcionários de justiça criminal brasileira.

Os esforços de uma reforma judicial ficou aquém. Um sistemas de justiça criminal do estado que depende quase inteiramente das investigações policiais para resolver casos, deixando a polícia em grande parte para se auto-determinar. Em 2010, o procurador-geral de São Paulo deu um passo importante para resolver o problema da violência policial, estabelecendo que todos os casos envolvendo abuso policial sejam investigados por uma unidade especial do Ministério Público.

O estado do Rio de Janeiro lançou o sistema de metas e acompanhamento de resultados em 2009, em que a polícia está atribuída Essas metas foram redesenhados em janeiro de 2011 para incluir homicídios cometidos por policiais. Além disso, quase 20 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) foram instaladas no Rio de Janeiro desde 2008, a fim de estabelecer uma presença policial mais eficaz ao nível da comunidade. No entanto, o estado ainda não tomou as medidas adequadas para assegurar que os policiais que cometem abusos sejam punidos

Muitas comunidades cariocas anteriormente controladas por traficantes de drogas estão agora nas mãos de “milícias compostas por policiais, agentes penitenciários, bombeiros e outros” que coage moradores . Estas milícias têm sido implicadas em assassinatos de estilo de execução, esquemas de extorsão de longo alcance, sequestro e tortura de um grupo de jornalistas que investigam suas atividades. Em outubro de 2011 o deputado Marcelo Freixo do Rio de Janeiro anunciou sua decisão de sair do Brasil temporariamente devido a ameaças de morte. Ele presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou as atividades das milícias no Rio de Janeiro em 2008 e foi sincero em denunciar as ligações entre certos grupos de milícias.

Juízes e magistrados que assumem casos de violência por parte de milícias ilegais enfrentam ameaças de morte. Em agosto de 2011 a juíza Patricia Lourival Acioli foi morta a tiros quando ia chegando a sua casa, na cidade de São Gonçalo, em retaliação por ordenar a prisão de policiais suspeitos de assassinato. Ela havia recebido quatro ameaças de morte antes de seu assassinato. O chefe da polícia militar do Rio aumentou desde Janeiro, posteriormente, vários policiais de São Gonçalo foram indiciados. No entanto, a Associação Brasileira de Magistrados informou que o número de proteção a funcionários judiciais 

  •  Repórter Mundial
  • World Report Brazil of 2011
Brazil is among the most influential democracies in regional and global affairs, yet it continues to confront very serious human rights challenges at home. Faced with high levels of violent crime, some Brazilian police units engage in abusive practices with impunity, instead of pursuing sound policing practices. Justice officials who seek to hold police officers accountable for unlawful practices face threats of violence. In August 2011 Judge Patricia Acioli was gunned down outside her home in the state of Rio de Janeiro, apparently in retaliation for ordering the detention of police officers suspected of murder.
Detention centers in various states are severely overcrowded, lengthy pre-trial detention is the norm, and torture continues to be a serious problem. Forced labor persists in some states despite federal efforts to eradicate it.
Public Security and Police Conduct
Widespread violence perpetrated by criminal gangs and abusive police plague many Brazilian cities. Violence especially impacts low-income communities. In Rio de Janeiro, for example, drug gangs that routinely engage in violent crime and extortion control hundreds of shantytowns. In November 2010, drug gangs unleashed a wave of attacks in the streets of Rio, setting vehicles ablaze and staging mass robberies, leading to massive deployment of police and armed forces to the Complexo do Alemão community.
Police abuse, including extrajudicial execution, is also a chronic problem. According to official data, police were responsible for 372 killings in the state of Rio de Janeiro and 252 killings in the state of São Paulo in the first six months of 2011. Police often claim these are "resistance" killings that occur in confrontations with criminals. While many police killings undoubtedly result from legitimate use of force by police officers, many others do not, a fact documented by Human Rights Watch and other groups and recognized by Brazilian criminal justice officials.
Reform efforts have fallen short because state criminal justice systems rely almost entirely on police investigators to resolve these cases, leaving the police largely to regulate themselves. In 2010 São Paulo’s attorney general took an important step to address the problem of police violence by establishing that all cases involving alleged police abuse be investigated by a special unit of prosecutors.

The state of Rio de Janeiro launched the System of Goals and Results Tracking in 2009, whereby police are awarded financial compensation for meeting crime reduction targets. These targets were redesigned in January 2011 to include police homicides. In addition, almost 20 Pacifying Police Units (UPP) have been installed in Rio since 2008, in order to establish a more effective police presence at the community level. However, the state has not yet taken adequate steps to ensure that police who commit abuses are held accountable.
Many Rio communities formerly controlled by drug dealers are now in the hands of militias composed of police, jail guards, firefighters, and others who coerce residents to pay for illegal utility hookups, transportation, and security. These militias have been implicated in execution-style killings, far-reaching extortion schemes, and the kidnapping and torture of a group of journalists investigating their activities. In October 2011 Rio Congressman Marcelo Freixo announced his decision to leave Brazil temporarily due to escalating death threats. He presided over a parliamentary commission of inquiry that investigated militia activity in Rio in 2008 and has been outspoken in denouncing links between certain militia groups and local elected officials.

Judges and magistrates who take on cases of violence by illegal militia face threats of violence. In August 2011 Judge Patricia Lourival Acioli was gunned down outside her home in the city of São Gonçalo, apparently in retaliation for ordering the detention of police officers suspected of murder. She had received four death threats prior to her murder. The head of Rio’s military police subsequently resigned and several São Gonçalo police officers were indicted. Nevertheless, the Brazilian Association of Judges has reported that the number of judicial workers requesting
government protection increased 400 percent since Acioli’s killing.

sábado, 20 de julho de 2013

Porque Se Preocupar Tanto Pelo Assassinato De Um Menino Negro?


 

Nunca Existirá Lugar Bom Para Negros Enquanto Os Brancos Não Tirar O Mal Que Eles Têm Dentro Dos Seus Corações.

 

A protester at a rally for Trayvon Martin in LA

       


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  • Trayvon protests: Houston: People participate in a demonstration led by activist Quanell X, r

  • O Enterro De Trayvion Martin.

    • ·         Nunca Existirá Lugar Bom Para Negros Enquanto Os Brancos Não Tirar O Mal Que Eles Têm Dentro Dos Seus Corações.   

    Por  Ivan de Oliveira.
    Artista Plastico e Escritor
    Philadelphia, July 2013
Acontecem tantos assassinatos contra negros no Brasil que eu gostaria de citar sobre alguns desses no meu Blog, mas são tantos que já ocorreram e ocorrem diariamente contra nossa gente que já não me lembro das datas da maiorias desses crimes e nem aonde aconteceram, por falta de repercussão desses crimes, que por ser contra pobres e negros ninguém se incomoda: Uma coisa eu tenho certeza de que nesse momento está acontecendo vários desses crimes, por esse Brasil afora sem lei.
Como a vida do nosso povo não vale nada,fica só registrado nos programas sensacionalistas de televisão que os repórteres sobrevoam como abutres buscando de mais um corpo desovado, Será que o KKK, Skin Head e outros grupos espalhados pelos Estados Unidos e da Europa matam mais seres humanos que o nosso bondoso povo brasileiro? Será que a nossa orgulhosa policia militar brasileira mata menos que a Scotland Yard britânica, a LAPD de Los Angeles e a NYPD de Nova York? Não
A Policia Militar brasileira representa uma maquina de matar e reprimir e essa policia Militar que o PT e o PCdoB fez campanhas pela extinção dela nos anos 90, como o FACISMO fala mais Alto, o nosso governo “esquerdista” defendeu a manutenção dessa instituição perante O Conselho de Direitos Humanos da ONU que pediu que a Dinamarca  pediu ao Brasil maiores esforços para combater a atividade dos "esquadrões da morte" e que trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de assassinatos [..A recomendação em favor da supressão da PM foi obra da Dinamarca, que pede a abolição do "sistema separado de Polícia Militar, aplicando medidas mais eficazes (...) para reduzir a incidência de execuções extrajudiciais"]. Faz medo eu escrever essas coisas aqui, porque podem me matar também. As pessoas que me querem bem me dizem constantemente “Ivan, cuidado, pois, podem lhe fazer algum mal”.
Qual é o projeto do nosso Brasil então? Matar os pobres jovens das periferias que vendem drogas e que não sabem onde estão localizadas as imensas fronteiras do Brasil e que tampouco sabem quem são os provedores NUMERO UM, e qual o esquema de distribuição? Seriam eles capazes de matar um homem integro como eu que ama seu povo e que está decepcionado com o estado?

Eu citei aqui grupos racistas e as chamadas forças de ordem publicas dos Estados Unidos e da Europa que juntas não matam tantos inocentes como a nossas forças de segurança matam.
A policia brasileira mata sumariamente e as vitimas são os pobres negros: No nosso país que não existe facções rivais como na África e na Ásia, mas o que nos faz entender é de que existe um plano de LIMPEZA ÉTNICA. Como podemos dizer e nos orgulhar de que somos um país desenvolvido. Claro que não somos uma nação desenvolvida, enquanto existir tais barbaridades contra nossos co-nacionais. Um país que o estado não garante a segurança, a saúde e a educação dos seus cidadãos  e um subgoverno sendo assim ainda estamos longe de ser uma nação desenvolvida.
O mundo todo tem visto a foto do adolescente negro Travyon Martin e os protestos contra absolvição do criminoso; segundo a juíza não houve suficientes provas para incriminar o réu e ela disse não ter mais nada a fazer, passando o caso para que o júri deliberasse.
Quero lembrar também que eu já passei por situações de discriminação racial como Travyon.  Já fui seguido ou intimidado por seguranças de lojas e de condomínios aqui nos EEUU, que poderia resultar em morte se eu não tivesse experiência. Felizmente em cada situação de racismo que eu enfrentei como ocorreu com o jovem Travyon Martin, em que elementos como “Zimmerman” que tentaram me intimidar não conseguiram, por ser eu mais velho e mais experiente do que o adolescente Travyon: Os confrontei e os coloquei moralmente embaixo dos meus pés. Senão eu não estaria aqui escrevendo tudo isso aqui.
Pelo assassinato de apenas um adolescente negro as coisas não pararam ai; Ainda está havendo protestos inclusive com apoio de muitos brancos que não concordam com o veredito. Esses brancos tem consciência do racismo que ainda é forte aqui nos Estados Unidos.
Para quem conhece as realidades sociais do Brasil e dos Estados Unidos como eu, vê as disparidades no comportamento das leis e dessas duas sociedades. Eu tenho certeza que no Brasil muita gente está se perguntando “tudo isso só por que um adolescente negro foi assassinado?
É isso mesmo, a sociedade brasileira é racista por excelência e não gosta que fale essa verdade. Sim os brasileiros  são racistas. “Porem sem ódio” no tocante ao fundamento do racismo. Observem que nos idos dos anos 90, atearam fogo em um mendigo, no populoso bairro das Cajazeiras, em Salvador. O delegado que estava a frente das investigações se irritou com o jornalista que também estava a frente das informações, para divulgar no seu jornal. O profissional ouviu do delegado o seguinte; “ora você esta tão preocupado com a morte de um mendigo?”
Quem não se lembra do crime hediondo contra o Índio Galdino em Brasília, que um grupo de jovens bandidos “Os chamados filhinhos de papai” (filhos de juízes e empresários) que eles atearam fogo no Índio? Na época o então presidente Fernando Cardoso declarou que a sentença dada pelo juiz a esses cruéis assassinos foi justa.
Mas que sentença justa foi aquela? Os criminosos cumpriram a sentença realizando algumas tarefas sociais e veja la como. Logo depois passaram em concursos públicos e logo incorporados no Congresso Nacional e no Senado. É la que est
á cheio de infratores mesmo. A opinião do Ex-presidente FHC não é tão diferente do “delegado do caso do mendigo” que foi queimado vivo, caso minimizado por se tratar de um indigente. Voltemos ao caso Travyon; porque estão tão preocupados pelo assassinato de um adolescente negro?  A razão porque: Os Pais de Travyon  cresceu num pais onde existe uma lei que se chama Direitos Civis e que foi uma luta empreendida pelos negros americano, e que vem sendo assimilada por toda comunidade Afro americana e que latinos e asiáticos vieram a beneficiar desses direitos também  Quando um delegado de policia minimiza o assassinato de uma pessoa como se um indigente não sentisse dores  ao ser queimado vivo. E as declarações de um homem que diz ser um sociólogo  que considerou justa  a sentença dada a um grupo de jovens bárbaros que incendiaram o Índio Galdino, sem duvidas  existe uma campanha de LIMPEZA ÉTNICA contra o povo pobre brasileiro.  Nos Estados Unido os Afro-americanos não aceitam e nem tampouco grande parte da população branca estadunidense. Será que estou exagerando em defender a vida? Será que me mataria por eu dizer toda essa verdade?
Durante o período que estive no Brasil (outubro 2011 a abril de 2013 ouvi dezenas de comentários de assassinatos de jovens, muitas dessas mortes nunca foram investigadas, pelas autoridades, enquanto seus familiares já nem pediam justiça por seus ente queridos  assassinados, com medo de serem mortos também.
Que me respeitem todos aqueles que estão ai para cumprir a ordem publica que respeitem os cidadãos e me permitam a defender meus concidadãos, pois é por essa razão que temos lutado por um Brasil justo para todos.
·         Nunca Existirá Lugar Bom Para Negros, Enquanto Os Brancos Não Tirar O Mal Que Eles Têm Dentro Dos Seus Corações.  

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Part I O Antagonismo da Direita e Esquerda: Quem oferece Mais? "Nem Baixo o Grito de Liberté Egalité, Fraternité" Nem do PT


No fake Ideology




Parte I
O Antagonismo da Direita e Esquerda: Quem oferece Mais? "Nem Baixo o Grito de Liberté Egalité, Fraternité" "Nem do PT"


Proibida a reprodução sem a previa autorização do autor.

Todos os Direitos autorais para Ivan de Oliveira.
Philadelphia, May 2013.
Recordando Carl Marx (1847), que disse: "... enquanto na vida vulgar e corrente todo lojista sabe perfeitamente distinguir entre o que alguém disse ser e o que realmente é, nossa historiografia não ha logrado todavia penetrar em um conhecimento tão trivial como este. Crer a cada época por sua palavra, pelo que ela disse acerca de si mesma e o que se figura ser"
Carl Marx(1847)
O falecido historiador e escritor baiano Ildasio Tavares, sempre me dizia; “Ivan, o negro já nasce de esquerda“.
Dava para entender o que Ildasio queria dizer, só que eu comecei a entender o que significa “Direita e Esquerda” seis anos depois de ter cumprido o serviço militar de 1971 a 1972. Tudo começou assim: No segundo semestre de serviço obrigatório, o comando da 6ª Região Militar ordenou ao quartel que eu servia em Salvador, Bahia a realizar uma campanha que consistia em uma manobra militar por dentro do sertão baiano.
Eu e os soldados rasos viajamos pelas terras secas via Chapada Diamantina, em direção ao centro do país, até Ibotirama. Quando o longo comboio militar sem tanques (característica de um exercito para combater focos de guerrilha e não a de combate contra exercito inimigo regular) entrou na cidade de Itaberaba e, apesar da minha ignorância sobre o que havia acontecido no país a uns 3 anos antes, deu para eu notar o medo no comportamento dos cidadãos e cidadãs da cidade. A viagem foi longa na carroceria de um caminhão sem cobertura e nos expostos ao sol e a chuva.
Finalmente a viagem foi concluída restritamente pela região estratégica assinalada no mapa de campanha militar. Eu que nada conhecia de Bahia  e do resto desse imenso pais a ano ser  a cidade que nasci e algumas da cercania. 
Ah! Fiquei louco para conhecer a cidade que íamos passar 3 semanas. E Brasília? Fiquei olhando para uma direção imaginando o quão perto eu estava dela.
Desce! Desce do caminhão: Gritou um capitão de nome Friman, chefe do destacamento, ele falava com sotaque gaucho e parecia que forcava um pouco mais para aparecer na frente da baianada (nao e assim que que uma facção de  superiores do sul nos chama?). O seu sobrenome o fazia sentir superior, e o infeliz até chamou a atenção de três recrutas do meu pelotão que também se sentia, superiores, porque moravam na Avenida Joana Angélica e os outros dois metidos a burgueses que moravam em alguma rua do bairro da Graça, em Salvador. Esses três recrutas Já tinham iniciado o segundo grau escolar, mas foi interrompido por força da convocação da 6ª circunscrição militar obrigatória, para servir a pátria amada, enquanto eu apenas contava com um diploma do ensino elementar. 
Duas da madrugada havia chovido e ali mesmo no lamaçal tivemos que armar nossas barracas: Filhos das putas! Me trazem para esse lugar. Porque não acampamos no centro da cidade!
Na manhã seguinte deram inicio ao treinamento: Táticas de ataque e defesa e camuflagem. Eu tinha apenas 18 anos e 6 meses de vida e comecei a sentir medo e que logo foi superado pelas instruções que nossos superiores nos passavam, de que estavamos naquela regiao para aprender táticas de combate a subversão. 
Logo logo  tive vontade de sair caçando-os. Para mim aqueles homens e aquelas mulheres eram verdadeiros satanases, que queriam destruir nossa nação.
Uma semana depois; tá na hora de saber mesmo “qual é o alvo principal da tropa”. Deixe la que de tática de guerra eu não entendia nada, pois servir em um quartel de subsistência e só aprendi a carregar feridos, cadáveres e suprir as tropas. Saímos em comboio em direção a Ibitirama até chegar a um vilarejo, onde os poucos moradores estavam assustados e se retiravam das “desquadreijadas” janelas das suas casas de taipas; puro medo.
A tropa se posicionou estrategicamente, e um senhor bem magrinho se aproximou, enquanto o tal do Capitão Friman sorriu.
Estávamos exatamente no lugar, onde o Capitão Lamarca e o ex-seminarista Zequinha, seu companheiro de luta foram ultimados com vários tiros de pistola, disparados por um tal oficial do exercito que, se não me falha a memória ele era um pernambucano. A marcha até Ibitirama constituiu a missão mais importante que realizamos pelo menos para mim que ingenuamente falei: “Eu gostaria de está na captura desses terroristas, para que eu pudesse mata-los”, assim como também mataria Carlos Mariguela, Stuart Angel Jones. Claudio Ribeiro e Juares Guimarães de Brito.
Onze meses depois de cumprir minhas obrigações me dão baixa do serviço militar. Agora, que faço para sobreviver? Busquei trabalho durante vários anos e não encontrei e pensei de maneira inocente do que ouvia durante as instruções militares! Sem emprego sem profissão e sem documentos, Vou viver na clandestinidade. Comecei entender o que realmente passou nesse país, e porque os sertanejos estavam tão assustados com a presença militar na área. Tenho que ler bastante para entender o que realmente aconteceu. Ah! Houve torturas contra aqueles que se rebelaram contra o sistema e por isso alçaram armas para invadir Brasília e retirar os corruptos do poder. Pobres dos sertanejos das zonas rurais, que sem água luz e sem ter como viver, muitos deles perdeu o medo e decidiram cooperar com os insurgentes e pagaram caro com a imperdoável tortura dos maus encarados agentes da ordem publica e, os que não cooperaram pelas duvidas, foram punidos também pela repressão.
O Exercito Aeronáutica e Marinha todas essas forças estavam na captura dos subversivos, inclusive a Policia Militar que é uma extensão das forças Armadas “ex-inimiga da esquerda brasileira” e que até hoje tem múltipla função; policiar, reprimir e intimidar a população.
Vida Civil:
Me lembro que depois de lutar e lutar para poder estudar e ao mesmo tempo fazendo biscates para sobreviver nessa “mãe pátria chamada Brasil, eu gritei: Viva a esquerda”brasileira! Eu lia todos os dias sobre o seu fundamento e também sobre seu projeto para essa imensa população proletariado, cuja grande parte dela “tapiando” a fome revirando lixo onde estivesse; nas áreas de hospitais, hotéis e restaurantes, ou dos amargos alimentos proveniente da “Aliança para o progresso americano” do governo de John Fristzgerald Kennedy, que na época a esquerda dizia que aqueles produtos; leite em pó (que quando diluído era espumoso e azulado), o óleo comestível e outros enlatados continham substancias para atrofiar o QI do povo brasileiro. Para então, eu tinha jurado lutar por essa ESQUERDA, com o objetivo de tirar nosso povo da pobreza e até hoje continuo honrando todos os homens e todas as mulheres que lutaram pela independência da nossa pátria e que por isso foram cruelmente torturados e assassinados ou “deixados vivos sem cérebros, em consequência das torturas físicas e psicológicas”. “Infelizmente esses mártires não estão aqui para ver a deformação da esquerda de hoje. Tão pouco os jovens seguidores orientados” sabem que seus lideres agem tão mal.
VAMOS À ESQUERDA:
Mesmo passando horas e horas debruçado nos livros, me custou entender as verdadeiras definições; DIREITA E ESQUERDA. Como bom cidadão que sou e que pensa nas mulheres e nos homens desse vasto território brasileiro. Traduzo aqui o que aprendi dessa ordem ideológica, surgida na França revolucionaria baixo o grito de "Liberté Egualité, Fraternité" em 1789
CONTINUA PARTE2