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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Part I O Antagonismo da Direita e Esquerda: Quem oferece Mais? "Nem Baixo o Grito de Liberté Egalité, Fraternité" Nem do PT


No fake Ideology




Parte I
O Antagonismo da Direita e Esquerda: Quem oferece Mais? "Nem Baixo o Grito de Liberté Egalité, Fraternité" "Nem do PT"


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Todos os Direitos autorais para Ivan de Oliveira.
Philadelphia, May 2013.
Recordando Carl Marx (1847), que disse: "... enquanto na vida vulgar e corrente todo lojista sabe perfeitamente distinguir entre o que alguém disse ser e o que realmente é, nossa historiografia não ha logrado todavia penetrar em um conhecimento tão trivial como este. Crer a cada época por sua palavra, pelo que ela disse acerca de si mesma e o que se figura ser"
Carl Marx(1847)
O falecido historiador e escritor baiano Ildasio Tavares, sempre me dizia; “Ivan, o negro já nasce de esquerda“.
Dava para entender o que Ildasio queria dizer, só que eu comecei a entender o que significa “Direita e Esquerda” seis anos depois de ter cumprido o serviço militar de 1971 a 1972. Tudo começou assim: No segundo semestre de serviço obrigatório, o comando da 6ª Região Militar ordenou ao quartel que eu servia em Salvador, Bahia a realizar uma campanha que consistia em uma manobra militar por dentro do sertão baiano.
Eu e os soldados rasos viajamos pelas terras secas via Chapada Diamantina, em direção ao centro do país, até Ibotirama. Quando o longo comboio militar sem tanques (característica de um exercito para combater focos de guerrilha e não a de combate contra exercito inimigo regular) entrou na cidade de Itaberaba e, apesar da minha ignorância sobre o que havia acontecido no país a uns 3 anos antes, deu para eu notar o medo no comportamento dos cidadãos e cidadãs da cidade. A viagem foi longa na carroceria de um caminhão sem cobertura e nos expostos ao sol e a chuva.
Finalmente a viagem foi concluída restritamente pela região estratégica assinalada no mapa de campanha militar. Eu que nada conhecia de Bahia  e do resto desse imenso pais a ano ser  a cidade que nasci e algumas da cercania. 
Ah! Fiquei louco para conhecer a cidade que íamos passar 3 semanas. E Brasília? Fiquei olhando para uma direção imaginando o quão perto eu estava dela.
Desce! Desce do caminhão: Gritou um capitão de nome Friman, chefe do destacamento, ele falava com sotaque gaucho e parecia que forcava um pouco mais para aparecer na frente da baianada (nao e assim que que uma facção de  superiores do sul nos chama?). O seu sobrenome o fazia sentir superior, e o infeliz até chamou a atenção de três recrutas do meu pelotão que também se sentia, superiores, porque moravam na Avenida Joana Angélica e os outros dois metidos a burgueses que moravam em alguma rua do bairro da Graça, em Salvador. Esses três recrutas Já tinham iniciado o segundo grau escolar, mas foi interrompido por força da convocação da 6ª circunscrição militar obrigatória, para servir a pátria amada, enquanto eu apenas contava com um diploma do ensino elementar. 
Duas da madrugada havia chovido e ali mesmo no lamaçal tivemos que armar nossas barracas: Filhos das putas! Me trazem para esse lugar. Porque não acampamos no centro da cidade!
Na manhã seguinte deram inicio ao treinamento: Táticas de ataque e defesa e camuflagem. Eu tinha apenas 18 anos e 6 meses de vida e comecei a sentir medo e que logo foi superado pelas instruções que nossos superiores nos passavam, de que estavamos naquela regiao para aprender táticas de combate a subversão. 
Logo logo  tive vontade de sair caçando-os. Para mim aqueles homens e aquelas mulheres eram verdadeiros satanases, que queriam destruir nossa nação.
Uma semana depois; tá na hora de saber mesmo “qual é o alvo principal da tropa”. Deixe la que de tática de guerra eu não entendia nada, pois servir em um quartel de subsistência e só aprendi a carregar feridos, cadáveres e suprir as tropas. Saímos em comboio em direção a Ibitirama até chegar a um vilarejo, onde os poucos moradores estavam assustados e se retiravam das “desquadreijadas” janelas das suas casas de taipas; puro medo.
A tropa se posicionou estrategicamente, e um senhor bem magrinho se aproximou, enquanto o tal do Capitão Friman sorriu.
Estávamos exatamente no lugar, onde o Capitão Lamarca e o ex-seminarista Zequinha, seu companheiro de luta foram ultimados com vários tiros de pistola, disparados por um tal oficial do exercito que, se não me falha a memória ele era um pernambucano. A marcha até Ibitirama constituiu a missão mais importante que realizamos pelo menos para mim que ingenuamente falei: “Eu gostaria de está na captura desses terroristas, para que eu pudesse mata-los”, assim como também mataria Carlos Mariguela, Stuart Angel Jones. Claudio Ribeiro e Juares Guimarães de Brito.
Onze meses depois de cumprir minhas obrigações me dão baixa do serviço militar. Agora, que faço para sobreviver? Busquei trabalho durante vários anos e não encontrei e pensei de maneira inocente do que ouvia durante as instruções militares! Sem emprego sem profissão e sem documentos, Vou viver na clandestinidade. Comecei entender o que realmente passou nesse país, e porque os sertanejos estavam tão assustados com a presença militar na área. Tenho que ler bastante para entender o que realmente aconteceu. Ah! Houve torturas contra aqueles que se rebelaram contra o sistema e por isso alçaram armas para invadir Brasília e retirar os corruptos do poder. Pobres dos sertanejos das zonas rurais, que sem água luz e sem ter como viver, muitos deles perdeu o medo e decidiram cooperar com os insurgentes e pagaram caro com a imperdoável tortura dos maus encarados agentes da ordem publica e, os que não cooperaram pelas duvidas, foram punidos também pela repressão.
O Exercito Aeronáutica e Marinha todas essas forças estavam na captura dos subversivos, inclusive a Policia Militar que é uma extensão das forças Armadas “ex-inimiga da esquerda brasileira” e que até hoje tem múltipla função; policiar, reprimir e intimidar a população.
Vida Civil:
Me lembro que depois de lutar e lutar para poder estudar e ao mesmo tempo fazendo biscates para sobreviver nessa “mãe pátria chamada Brasil, eu gritei: Viva a esquerda”brasileira! Eu lia todos os dias sobre o seu fundamento e também sobre seu projeto para essa imensa população proletariado, cuja grande parte dela “tapiando” a fome revirando lixo onde estivesse; nas áreas de hospitais, hotéis e restaurantes, ou dos amargos alimentos proveniente da “Aliança para o progresso americano” do governo de John Fristzgerald Kennedy, que na época a esquerda dizia que aqueles produtos; leite em pó (que quando diluído era espumoso e azulado), o óleo comestível e outros enlatados continham substancias para atrofiar o QI do povo brasileiro. Para então, eu tinha jurado lutar por essa ESQUERDA, com o objetivo de tirar nosso povo da pobreza e até hoje continuo honrando todos os homens e todas as mulheres que lutaram pela independência da nossa pátria e que por isso foram cruelmente torturados e assassinados ou “deixados vivos sem cérebros, em consequência das torturas físicas e psicológicas”. “Infelizmente esses mártires não estão aqui para ver a deformação da esquerda de hoje. Tão pouco os jovens seguidores orientados” sabem que seus lideres agem tão mal.
VAMOS À ESQUERDA:
Mesmo passando horas e horas debruçado nos livros, me custou entender as verdadeiras definições; DIREITA E ESQUERDA. Como bom cidadão que sou e que pensa nas mulheres e nos homens desse vasto território brasileiro. Traduzo aqui o que aprendi dessa ordem ideológica, surgida na França revolucionaria baixo o grito de "Liberté Egualité, Fraternité" em 1789
CONTINUA PARTE2

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